quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Descobrindo

Se existe magia em lutar além dos limites da resistência, esta é a mágica de arriscar tudo por um sonho que ninguém enxerga, só você.


Amelie.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Tic-Tac

Talvez nem tudo esteja bem como eu ando dizendo. (Até que pode ser sim, mas...)
Talvez nem tudo esteja certo, como eu ando vendo. ( Talvez esteja certo sim sabe...)
Talvez nem tudo seja correto - o que eu ando fazendo. (Sei lá... Acho que sim... Ou não...)

Mas o que mais me consome não são as coisas incorretas que eu suportamente posso estar fazendo. São esses "talvez" que corroem.
Talvez, não sei, sei lá, pode ser...
Tão substrato.
Tão nada.

Gosto quando posso sentir meus fatos, meus setimentos...
Conheço bem o gosto da dor, do amor, da mentira... Sei bem como é o barulhinho da calma, da esperança, o ranger da saudade. Sei também como é sentir a raiva borburlhar na pele, como é ser tocada pela alegria...
Então não gosto de anestesias.
Dispenso.
Desprezo.

Mas então essa anestesia entrou-me pela boca e eu nem percebi.
Me vejo como um tedioso relógio cuco. Tic-tac, tic-tac, tic-tac...
Tic, estou bem - Tac, estou vazia; Tic, me sinto acolhida - Tac, me sinto caindo de um penhasco sem sombra de um chão pela frente; Tic, me sinto segura - Tac, não tenho mais minhas razões de antes; Tic, roxo - Tac, verde; Tic, direita - Tac, esquerda; Tic, quente - Tac, frio; Tic, sim - Tac, não; Tic, ar - Tac, chão; Tic-Tac; Tic-Tac; Tic-Tac...



Mas quer saber?

Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante,
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo...

...Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou

Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor

Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator

É chato chegar
a um objetivo num instante.
Eu quero viver...
...Nessa metamorfose ambulante.

Créditos pela ajuda do mestre Raul Seixas, pra completar as idéias.
Anny.

Paciência não me refaz!

Vê se fica bem, meu bem...
Vê se dorme bem, meu bem
Pois não estarei pra te cuidar
Nem pra te mimar

Vê se fica bem, meu bem
Vê se come bem, meu bem
Pois não estarei pra te cuidar
Nem pra te Salvar.
(Vanessa da Mata - Vê se fica bem.)


Pra você, que gosta!
és linda, linda!
                                                                                                                                                       Amelie.

Esse não passou despercebido.

O relógio soou, um tic tac persistente, como aquele que você sempre presenciava.
Ele invadia sempre o meio do dia, e reafirmava a hora de estar perto, e minutos seguintes, já sabíamos, já era a hora de nos desfazermos.



"Quem foi que assim nos fascinou para que tivéssemos um ar de despedida em tudo que fazemos?" (Rainer Rilke)
O relógio soou...
e dessa vez soou 1 ano.

Amelie

Hoje, amanhã e sempre!


 ‘não me constranjo de sentir-me alegre, de amar a vida assim, por mais que ela nos minta’ (Mário Quintana)
Sei que nada está tão fácil e fica cada dia mais complicado acreditar. A gente aprende não exatamente a desprezar outras coisas, mas a dar a elas apenas o tamanho e o espaço que merecem. É mais questão de escolha que estado, eu sei.
Mas é por haver tantas saídas, e por olhar bem a fundo sobre tudo o que acontece, que sinto que existe uma obrigação de gratidão, de viver bem. É preciso carregar a vontade incessante de reinventar, pra se sentir um pouquinho maior, pra dar um sentido qualquer e melhor em tudo, que as vezes, se faz ausênte. Por mais que não veje o final do caminho é completamente cabível se apegar ao melhor dele.
Sinto orgulho de que vá em frente. Um pouco de alegria por, mesmo em lágrimas, viver a cura.

A vida anda toda intensa. E tão preenchida por milagres... O milagre do amor, da generosidade e principalmente do perdão!
Você me fez acreditar quando eu pensei em desistir, e quando pensei em deixar tudo como estava, assim... bem de lado, voce me animou precisando de mim.
Então, preste bem atenção: estou recusando qualquer tipo de aceitação à desesperança. E nem pense que é perca de tempo viver assim. Porque de novo (sim, outra vez!) a vida reaviva o que realmente importa.
E hoje eu percebi, e acho que você também, que 'não há tempo a perder.'

"Amigo estou aqui,
Os seus problemas são meus também.
E isso eu faço por você e mais ninguém.
O que eu quero é ver o seu bem."
(Toy Story)


"Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce." 
(Caio F. Abreu)
Sempre estarei aqui.
Amelie.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ciclo cotidiano

Sei que parecem idiotas
As rotas que eu traço
Mas tento traçá-las eu mesmo
E, se chego sempre atrasado,
Se nunca sei que horas são
É porque nunca se sabe até que horas os relógios funcionarão.

Nem sempre faço o que é
Melhor pra mim
Mas nunca faço o que eu
Não tô afim de fazer
Não quero perder a razão
Pra ganhar a vida
Nem perder a vida
Pra ganhar o pão

Mesmo que pareçam bobagens
As viagens que eu faço
Eu traço meus rumos eu mesmo (a esmo)
E se nunca sei a quantas ando,
Se ando sem direção
É porque nunca se sabe...


Quantas vezes eu estive
Cara a cara com a pior metade?
A lembrança no espelho,
A esperança na outra margem.

Quantas vezes eu estive
Cara a cara com a pior metade?
Quantas vezes a gente sobrevive
À hora da verdade?

...Pode ser deifeito, mas se eu soubesse antes,o que sei agora,
erraria tudo exatamente igual.

(Músicas adaptadas: "Nunca Se Sabe" e "Surfando Karmas e Dna", dos Engenheiros Do Hawaii)

Anny.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Malabarista

Tinha aquela inútil mania de olhar o passado, pensar, repensar, relembrar, tentar reviver... Por isso, sempre esperando pelo grande número da vida, deitava na cama à noite e um suspiro gemia a insatisfação.
Acho que todo mundo já passou por um momento que o obrigou a abraçar uma dor. É cretino eu sei. Mas se derepente a gente pára, rouba do nosso dia uns segundinhos apenas - a sós com a gente mesmo - podemos ver que o pôr do sol vai muito além do horizonte.

Às vezes, na pressa rotineira do dia a dia, detalhes cruciais passavam despercebidos. Pequenas ações, que poderiam mudar tudo eram ignoradas pela imperativa covardia.
Alguns "sins" entalados na garganta - mais gordos que os sapos que às vezes a gente tem que engolir - sufocavam, uma ânsia em ser o papel principal, deixar meu figurino de figurante de lado... Mal sabia eu que só bastava começar a trocar de roupa.
Porque bem, o palco estava ali o tempo inteiro, entende?

Eu sempre admirei os malabaristas... A forma como eles pareciam embrulhar as dores numas bolinhas pra depois... Bom, brincar com elas.
Então tentei. Pintei a cara com tinta branca, desenhei um sorriso vermelho de bochecha a bochecha, vesti uma fantasia colorida, coloquei um peruca - Black power verde! Totalmente fora dos padrões! - e sai pra rua.
Cai - sem pára-quedas - na vida.
E quando digo vida, me refiro a aquela, a real sabe? Um oceano de ondas tortuosas. Ora beijado pela calmaria, ora se rasgando com as trovoadas.
Eu entendia que navegar era preciso. O que ninguém tinha me contado é que muitas vezes precisamos sair do barco.


Sou abrigada a admitir que nem tenho certeza pra onde vou, não sei pra que lado está a terra firme, mas sei que a cada braçada - por mais distante que eu esteja - me sinto mais perto, mais perto, mais perto.
Sei que é só o início - os três primeiros segundos de uma canção. Mas se hoje minhas mãos ainda estão afogadas, sei que meus pensamentos podem voar.

"Eu até que nem gostava de sair da minha casa; Mas quando eu menos esperava; Parece que criei asa"
Chico Buarque

Anny.

Desigual

Por que a vida resolve me testar desse jeito? Por que?
Me fazendo ir e vir!
Não é por nada, mas cansa.
Não sei como ainda não me dei por exausta.

Não quero provar que sei, que sinto, que temo, que vou, que vivo!
Mas... se me perguntassem o que eu realmente quero, eu diria: ir embora.
e se fosse pra fazer uma pergunta, eu perguntaria: ainda vai demorar muito?
 
Ah você não vai entrar aqui?  
Derrubar a porta e...
Me levar para longe?
(Thinking of You - Katy Perry)


Amelie.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Saltar para dentro



"Em luta, meu ser se parte em dois. Um que foge, outro que aceita. O que aceita diz: não. Eu não quero pensar no que virá: quero pensar no que é. Agora. No que está sendo. Pensar no que ainda não veio é fugir, buscar apoio em coisas externas a mim, de cuja consistência não posso duvidar porque não a conheço. Pensar no que está sendo, ou, não pensar, mas enfrentar e penetrar no que está sendo é coragem. Pensar é ainda fuga: aprender subjetivamente a realidade de maneira a não assustar. Entrar nela significa viver."
Caio Fernando Abreu.

Anny.

Poder olhar e sorrir


"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia – qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido."

Caio Fernando Abreu, sempre meio-humano meio-mágico quando se trata dos "sentires".
Anny.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Te desejo uma fé enorme! (...)

Algumas coisas, por mais impossíveis que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo.' - Caio Fernando Abreu.
E então... como dizia: "Aponta pra fé, e rema"

"Remar. Re-amar. Amar."
E se você vem, fica tudo maior, mais amplo, sei lá, mas é como se eu existisse de um jeito mais completo…


' Foi me perdendo nas suas palavras,
que eu fugi ao seu encontro, para encontrar-me.
Eu sempre Caio para dentro de você. '
[Erllen Nadine]


Menção ao Caio F. que vive me traduzindo.
Amelie.

Meu pequeno príncipe.

"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz."
Sempre quando lembro, é assim que me sinto. Funciona como uma espécie de conforto no meio do mundo de "pessoas grandes".
"Se dizemos às pessoas grandes: "Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado..." elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma idéia da casa. É preciso dizer-lhes: "Vi uma casa de seiscentos contos". Então elas exclamam: "Que beleza!"

Um afeto, um apego, uma leve lembrança. A história que marcou uma história. E cada vez que ele se abre diante de mim, me deixa um sinal, um carinho, como num recado, me ensinando e me fazendo lembrar de tudo aquilo que a gente às vezes, quase sempre se esquece.


'Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que fez tua rosa tão importante. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa (...)'


* Seria apenas mais uma história, se não tivesse tocado a alma *

Amelie.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Insano (parte II)

Na primeira página da nossa história o futuro parecia tão brilhante, então isso se tornou tão complicado..
Eu não sei porque eu ainda estou surpresa, por que até os anjos têm seus planos perversos, e você leva isso para novos extremos..
E mesmo que tenhamos perdido a cabeça,
Você sempre será meu herói.

Agora há cascalho em nossas vozes, o vidro está quebrado por causa da luta
Mas neste cabo de guerra, você sempre vai ganhar.
E é doentio que todas essas batalhas são o que me mantém satisfeita...
Então, talvez eu seja uma masoquista...
E até as paredes estão subindo na fumaça com todas as nossas memórias.

Essa manhã, você acorda e um raio de sol bate em seu rosto, a maquiagem borrada de como nós nos deitamos no rastro da destruição
Vamos amor, fale suavemente, diga que eu vou me arrepender,
E depois disso, me empurre do caminho destrutivo que estamos diante...
Dois psicopatas talvez...
Mas nós dois sabemos, não importa quantas facas nós colocarmos nas costas um do outro; que nós ainda teremos as costas um do outro.
Juntos movemos montanhas, mas não vamos fazer de montanhas pequenos morros.
Você me atingiu duas vezes, é, mas quem está contando? Talvez eu tenha te atingido três (e eu estou começando a perder a conta.
Eu sei que juntos viveremos pra sempre, é, porque nós achamos a fonte da juventude.
Nosso amor é louco, eu sei, somos loucos, mas eu recuso conselhos.
Essa casa é muito grande, se você se mudar eu vou queimar todos os dois mil metros quadrados dela e não há nada que você possa fazer a respeito.
Com você eu tenho alguma razão, mas sem você eu perco todas.
E é doentio que todas essas batalhas são o que me mantém satisfeita,
Então, talvez eu seja uma masoquista...


...Porque eu tento correr mas eu não quero nunca partir.
(Adaptado de Love The Way You Lie II - Eminem)
Anny.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Promessas

"Para sempre é muito tempo. O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo." (Mario Quintana)

Por que tem de ser pra sempre? Se amor se sente no peito, e não nos olhos alheios...
Então por que, por que, em instantes de alegria proferimos as vãs palavras "pra sempre" ?
E como num ciclo, repetimos o erro em diversos momentos da vida,
Amigos, amores...
Depois ainda achamos que o que não deu certo foi o amor, foi o relacionamento.
Digo que não.
Promessas fazem ruir.


"Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata"

Deus deu ao pássaro a liberdade por gaiola.
Deu a mim o agora por pra sempre.
Prometer pra sempre tira o mérito do agora.

O quão lindo é poder amar alguém, mais doce e puro sentimento de amar genuinamente, sem nada esperar em troca, amar por amar, amar por amor, eternizar alguém no peito, guardar bem no ínfimo de nós o sorriso.
E quão reconfortante é poder realizar que amores são eternos. Relacionamentos, talvez, não.
E quando se sabe disso, sinto que, quando paramos de exigir o pra sempre de alguém, seu alguém volta, pela simples liberdade de voltar. Nem sempre como era antes, nem sempre o mesmo relacionamento, mas o calorzinho no peito é o mesmo. O fogo volta, mesmo que seja apenas por brasa, sorrimos, melancolia e felicidade estranhamente se fundem.
Nem tudo ruiu.

"Nem o ácido do tempo dissolve a dura saudade em que o amor se tornou." (Valter da Rosa Borges)

O amor ficou.
Anny.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Continuar

Chorava às vezes, rezava sempre. Pensava em fadas o tempo todo.
E sem ninguém saber, em segredo, cada vez mais: acreditava, acreditava.
Caio Fernando Abreu.

Anny.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Comigo.

Hoje eu vou me recolher. Juntar meus pedacinhos.
É eu sei... Não estou dizendo irei montar o quebra-cabeça inteiro...
Mas pelo menos aconchegarei as peças aqui, quentinhas, perto do meu peito.
E nesse momento saberei que estou comigo.
   Talvez assim, eu me sinta melhor.

Anny.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Chove.


Finalmente, novembro.
Meu doce novembro que agora me presenteia com a cura de todo o mal do anterior, e que já traz consigo a resposta das perguntas cansadas, a serenidade e o alívio de que "o pior já passou", junto com a convicção de que não voltará mais.
A minha estrada sem saida e sem liberdade de antigamente, ficou pra depois, ou pra traz, tanto faz; fui subitamente surpreendida com o fim da linha, que sempre ou quase sempre estava bem imposto na minha frente! A diferença é que agora, aceitei a condição e resolvi voltar, voltando recuperada e quase inteira, pude respirar melhor sem os pesos que me apoiavam e que se acumulavam a cada dia, pude parar pra olhar o que tinha lá fora, abrir as janelas pro novo chegar, iluminar e quem sabe até se instalar.
Não sou eu que pertenço mais ao caminho, ele é que me pertence, e o tanto que caminhei pra chegar onde cheguei e conseguir ser dona dos meus próprios passos, mesmo cansados, ainda se faz latente; fazendo assim, oscilar ainda entre o meu "incompleto" e o meu "quase vazio". Vazio? mas me sentindo muito maior que antes.
ele dói... a impressao de acordar e dizer pro espelho "tá faltando alguma coisa" tem sido normal. Encaro. E é desse jeito... mas, isso só é válido pra ter a certeza de que é preciso sim, recomeçar de novo algum dia. Mas sem pressa.
Enquanto isso eu vou me completanto de outras formas. A vida tem muitas faces, não necessariamente preciso desta.
Mesmo tudo vindo mascarado com as mesmas formas, o mesmo cenário e o mesmo protagonista, eu me aconchego entre aqueles braços, e não reluto e nem me puno por estar ali... me lembrando da cena que eu não conheço muito, que é a nossa cena de não ter pressa pra passar.
Tudo muito corrido e eu me perco nesse tempo, nos excessos de relógio. Mas percebo que nas entrelinhas das cenas, da rapidez, algo perdurava por muito mais tempo.
Me soltando dos seus braços, e olhando nos seus olhos, fica a certeza de que tudo ficará guardado, cada passo nosso, os seus atalhos, a imposição dos freios, os nossos tropeços, os nossos acertos, as nossas paradas e o nosso reencontro de quase sempre que parece nao ter mais fim.
Ninguem disse que teria data marcada, nem tempo bom ou ruim, as coisas quando são pra ser, simplesmente são.
E da nossa história só a gente sabe, menino...
E voce ainda insiste em dizer que os caminhos se cruzarão outra vez, e eu vou dizendo pra você que não, que até lá... Pois é.
É conformidade com lamentação, é o velho e o novo juntos, o presente sem o passado, e o futuro querendo entrar!

Pra falar verdade, às vezes minto
Tentando ser metade do inteiro que eu sinto
Pra dizer as vezes que às vezes não digo
Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo.
(O teatro Mágico - Cuida de Mim)





Deixa que esse verão eu faço .
Deixa que nesse verão eu faço sol.
(Reticências - O Teatro Mágico)
Amelie.