segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Questão de tempo!

É, eu canso direto.. canso e descanso e volto a cansar! será que isso nunca vai ter um fim? será que eu vou ser tomada de esperança e confusão todos os dias? Fazendo repetir sempre e sempre essa mesma historia, de achar, recuar, cansar, e as vezes magoar? sem eu querer, se tornou essa linha de atos e pensamentos que seguem no tempo.. é uma linha tão continua e viciante sem explicação, mas será porque? será porque não desistir de tudo? acabar logo, como já diz Fernando Pessoa : "encerrar o ciclo, fechar a porta, mudar o disco, limpar a casa, sacudir a poeira", colocar um fim por conta própria, ao invés de permanecer nessa idéia continua, tão incerta como a previsão de amanha.
Não sei o que me toca, ou o que me tocou pra ser tão insistente em uma coisa, seguir o caminho mais longo, mais complicado, e mais paciente. As vezes acho que sou louca.. é tanta pergunta, tanta questão que desenvolvi dentro de mim, e assim quando ela se esvanece, volta o "que" das minhas mesmas questões, com apenas um olhar, uma frase, um mero jogo de palavras - onde percebo que no mais ruim das emoções que vem a transbordar é a sensação de ficar rodando em círculos, talvez - e logo vem me tirar o sossego com as perguntas que nunca são respondidas como 2 e 2 são 4, nunca exatas. Sempre transitórias.
Só sei que não afirmo mais nada em relação a isso, não sei de mais nada, e digo que nem quero saber agora, estou no meu momento de "recuo", portanto, permaneço num processo tão transitório quanto estático. e acho que o medo já ficou muito distante, foi TEMPO...
Deixa ser, e vamos ver, tenho a cara e a coragem, então acho que no momento tenho tudo!
Amelie.

Tão incerto como a vida.



Flashback.

Anny: - Amelie, vamos logo, nós vamos perder o navio!
Amelie: - Não sei Anny, navegar é perigoso, podemos afundar e tombar e oh, sem falar nos enjôos... Eu tambem não sei se estou preparada pra ficar isolada e deixar pra trás todo esse mundo se nós embarcamos nesse navio hoje.
Anny: - Mas navegar é preciso Amelie, enfrentar o perigo a cada novo horizonte que despontar a nossa frente, é preciso se isolar do mundo pra quem sabe então, achar o nosso próprio caminho dentro de nós, enjôos tambem são necessarios, para nos relembrar o quão bom é poder respirar livremente e o quanto nós não damos conta disso quando o estamos fazendo, nós teremos o mar como padrinho, o sol como mãe, as estrelas como guia e o vento como companhia, e no final de cada dia, o pôr-do-sol vai nos recompensar por cada manobra perigosa, cada absticinência vencida, cada medo superado.
Amelie vacilou, ponderando.
Anny: - Vamos Amelie... Não podemos embarcar ao anoitecer!
Amelie: - O mar é tão incerto como a vida. É preciso navegar.
Embarcaram.


Anny.
"Da teimosia em repetir frases pessoais demais para serem apenas trechos de poemas"
(Strawberry Fiels)
Amelie.