terça-feira, 23 de março de 2010

Compartilho.

"Enquanto quis fortuna, que tivesse esperança de algum contentamento
o gosto de um suave pensamento
me fez que seus efeitos escrevesse."
(Luiz Vaz de Camões)

E se o amor for a única e real coisa que te completa?
Li essa pergunta só hoje, umas três vezes. Talvez o "resto" seria visto só como complemento? Os sentimentalistas diriam que sim, os racionais diriam que amor não enche barriga, os filosofos talvez  questionassem esse fato, acredito que os autores contariam suas experiências e devaneios em seus poemas e livros. E outros, como muitos, iriam ficar tentando entender, ou criando conceito pro que restou. Porque em cada 10 coisas que se lê, 7 ou 8 falam sobre amor? amor, amor, amor! E porque o dia-a-dia se tornou contraditório a isso? Todo mundo busca, mas carregando tanto medo na bagagem que é arriscado até espantar esse sentimento. Será que o amor é, definitivamente, o peso que carregamos?



A grande importância que se dá as coisas e gestos (as mínimas coisas que se tornam enormes) é proveniente do sentir, quanta importância é transferida para UM gesto, apenas. As vezes prefiro ficar isenta desses sentidos, ficar por fora desse meio de contradições, mas os livros, os poemas, a televisão, a música, os outdoors e principalmente as pessoas  fazem lembrar todo o tempo que ele existe, que está bem ALI. A sensibilidade clama mais alto e o 'tudo aquilo' que  tinha como certeza, se dissolve em segundos; percebo que as coisas vem a tona de um jeito invisível, independente se a vontade seja contrária a isso tudo. Dizem que 'contra a força, não há resistência.' mas acho que já me fiz resistente o bastante. Até o subconsciente anda fazendo questão de me lembrar, e tudo que era 'bonito' não fica nada, mas nem um centímetro admirável.
'Se souber de algum atalho a isso tudo, me fale que vou de encontro... '

Talvez minha aula de literatura não tenha realizado em mim nenhum efeito plausível, ATÉ o Camões resolveu pegar no meu pé hoje.

"(...) Verdades  puras são, e não defeitos...
entendei  que,  segundo o amor tiver
tereis o entendimento de meus versos."
(Luís Vaz de Camões)

Post-desabafo-confuso, dos pensamentos que (mesmo nao querendo) transbordam.
Amelie.

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