Por um longo tempo eu observei a lua.
Acostumei a ver nela, você. Minha lua.
Tão linda.
Tão imponente.
Tão distante.
Me apeguei às noites de verão, viciei nas horas gastas à beira da janela.
Falei com a lua, chorei com a lua, ri com ela.
Tão besta, tão eu.
Tão você e eu.
Eis o dia em que abro a janela e só nuvens encontro.
E frio.
Nuvens encobrindo céu e estrelas. E você.
Mas o frio de fora não chega ao coração, então
Olho para meu peito e lá vejo a lua que tanto procuro.
Em mim.
Pra mim.
De mim.
E agora, tudo o que quero são dias nublados.
Sempre tão seus.
Tão meus.
Tão quentes.
Anny.
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